* Publicado no Jornal "Diário da Manhã", em 09.11.08
“A vitória da razão só pode ser a vitória das pessoas razoáveis,
a razão não existe por si mesma, ela existe na conduta, na ação das pessoas.
Então, se as pessoas razoáveis não vencem, a razão não prevalece.”
Bertold Bretcht
Steve MacQueen, famoso ator norte-americano, morreu em 07 de novembro de 1980, aos cinqüenta anos, vítima de mesotelioma, um tipo de câncer causado pelo amianto, uma fibra mineral resistente, incombustível, isolante térmica, acústica e elétrica, utilizada no Brasil em mais de 3000 produtos da área da construção, dos tecidos e de autopeças. Em sua juventude, Terence Steve MacQueen foi marine na fuzilaria naval americana, que utiliza o amianto, entre outros lugares, nas tubagens a vapor. Inicialmente, os navios continham entre 220 e 250 toneladas de amianto em telas, azulejos etc.
O mesotelioma é um tumor incurável, que pode aparecer entre 20 a 40 anos após a contaminação pelo asbesto (amianto) e após o diagnóstico, a pessoa portadora possui uma sobrevida em torno de 8 a 14 meses. A morte é lenta, precedida por fortes dores pulmonares, cansaço físico e falta de ar.
Banido em 45 países do mundo, o amianto foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial de Saúde (OMS), como substância cancerígena para humanos em qualquer estágio de produção, transformação e uso.
Porém, no último dia 31 de outubro, na Reunião das Partes (COP4), no âmbito do Programa para o Meio Ambiente da Convenção de Rotterdam, que acontece de dois em dois anos, Brasil e Canadá se mantiveram neutros quanto à inclusão do amianto na lista de produtos cuja comercialização é regulamentada pela Convenção de Rotterdam. Casaquistão, Índia, México e Paquistão, entre outras nações, se manifestaram contra a inclusão do amianto na lista monitorada.
A Dra. Fernanda Giannazi, Auditora Fiscal do Ministério do Trabalho em São Paulo e Coordenadora da Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina, recebedora de prêmios em Nova York e no Japão, comentou em entrevista à revista Consultor Jurídico, que este voto neutro foi “covarde e hipócrita, baseado em dúvidas que existiriam no interior do governo sobre a nocividade da crisotila ou amianto branco. Na reunião havida no Ministério de Relações Exteriores, cumprindo protocolo internacional, a dita "sociedade civil" e os órgãos governamentais foram "ouvidos" e, com exceção de um técnico que desconhecia o tema, representando o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), havia unanimidade entre os presentes (representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, Saúde, Trabalho, Agricultura, ANIVSA, das vítimas (ABREA), Rede Brasileira de Justiça Ambiental / GT Químicos) de que o amianto deveria ser listado para fins de comércio internacional. Ao vermos a ausência dos lobbystas pró-amianto no MRE, um sinal de alerta soou: e a prova está aí; as negociações não passaram pelos trâmites protocolares tradicionais. Tudo foi decidido nos bastidores”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), no Critério de Saúde Ambiental 203, declarou que “nenhum limite de tolerância foi identificado para os agentes carcinogênicos; que onde materiais substitutos para crisotila estiverem disponíveis eles devem ser considerados para uso; e que a exposição ao amianto crisotila aumenta os riscos de asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma em função da dose.”
Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença crônica pulmonar de origem ocupacional), o câncer de pulmão e do trato gastrointestinal e o mesotelioma. São doenças progressivas, irreversíveis, de difícil tratamento e que, na maioria das vezes, são subnotificadas, pois a contaminação por amianto tem um intervalo de até 30 anos para se manifestar e quando acontece, o trabalhador já saiu deste mercado, já está aposentado.
Em São Paulo, a Lei 12.684, de 2007, que proíbe o uso do amianto em qualquer instância, levou à queda nas ações da Eternit, que atingiu cotação mínima no final desse ano. Outros estados e municípios brasileiros já baniram o amianto.
Hermano Castro, da Fiocruz, Doutor em Saúde Pública, constatou pautado em dados, que “o Brasil terá uma epidemia de mesotelioma entre os anos de 2010 e 2020. Só então o tumor vai aparecer nos operários contaminados nas décadas de maior consumo, de 70 e 80 e quem vai pagar a conta do amianto é a sociedade, pelo SUS e pela Previdência".
Segundo a ABREA, não existe no Brasil nenhum estudo a respeito de doenças provocadas pela exposição ao amianto. Nem no Ministério da Saúde, nem no Ministério da Previdência. A entidade afirma que 680 casos já foram confirmados.
No enfrentamento contra a produção de amianto, Dra. Fernanda Giannazi sofreu, no final dos anos 90, sérias retaliações, correndo riscos de morte “física e social”.
Longe de ação panfletária, esta luta denuncia uma “prática desenvolvimentista assassina, destrutiva e poluente”, defendida no Congresso pela “bancada do amianto”, que teve campanha patrocinada pela SAMA e defende o “uso controlado do amianto”, que comprovadamente não existe e ainda, alega prejuízos econômicos inafiançáveis citando inclusive os postos de trabalho existentes em função de uma atividade que vitima trabalhadores, familiares, vizinhança das minas e consumidores dos seus produtos.
"Não há mudança sem sonho, como não há sonho sem esperança. Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denúncia de um presente e o anúncio de um futuro à ser criado, construído, política, ética e esteticamente, por todos nós. " Paulo Freire
domingo, 9 de novembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
Mude Seu Rumo
“ O diálogo abaixo é verídico, e foi travado em outubro de 1995 entre um navio da Marinha Norte Americana e as autoridades costeiras do Canadá, próximo ao litoral de Newfounland. Os americanos começaram na maciota:
“ – Favor alterar seu curso 15° para Norte para evitar colisão com nossa embarcação”.
Os canadenses responderam de pronto:
“ – Recomendo mudar o SEU curso 15° para o Sul”.
O americano ficou irritado:
“ – Aqui é o capitão de um navio da Marinha Americana. Repito, mude o SEU curso”.
Mas o canadense insistiu:
“ – Não. Mude o SEU curso atual".
O negócio começou a ficar feio. O capitão americano berrou ao microfone:
“ – ESTE É O PORTA-AVIÕES USS LINCOLN, O SEGUNDO MAIOR NAVIO DA FROTA AMERICANA NO ATLÂNTICO. ESTAMOS ACOMPANHADOS DE TRÊS FRAGATAS E NUMEROSOS NAVIOS DE SUPORTE. EU EXIJO QUE VOCÊS MUDEM SEU CURSO 15° PARA O NORTE, OU ENTÃO TOMAREMOS MEDIDAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO NAVIO”.
E o canadense respondeu:
“ – Aqui é um farol. Câmbio!".
Ás vezes a nossa a nossa arrogância nos faz cegos. Quantas vezes criticamos a ação dos outros, quantas vezes exigimos mudanças de comportamento nas pessoas quando na verdade nós é que deveríamos mudar o nosso rumo...”
“ – Favor alterar seu curso 15° para Norte para evitar colisão com nossa embarcação”.
Os canadenses responderam de pronto:
“ – Recomendo mudar o SEU curso 15° para o Sul”.
O americano ficou irritado:
“ – Aqui é o capitão de um navio da Marinha Americana. Repito, mude o SEU curso”.
Mas o canadense insistiu:
“ – Não. Mude o SEU curso atual".
O negócio começou a ficar feio. O capitão americano berrou ao microfone:
“ – ESTE É O PORTA-AVIÕES USS LINCOLN, O SEGUNDO MAIOR NAVIO DA FROTA AMERICANA NO ATLÂNTICO. ESTAMOS ACOMPANHADOS DE TRÊS FRAGATAS E NUMEROSOS NAVIOS DE SUPORTE. EU EXIJO QUE VOCÊS MUDEM SEU CURSO 15° PARA O NORTE, OU ENTÃO TOMAREMOS MEDIDAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DO NAVIO”.
E o canadense respondeu:
“ – Aqui é um farol. Câmbio!".
Ás vezes a nossa a nossa arrogância nos faz cegos. Quantas vezes criticamos a ação dos outros, quantas vezes exigimos mudanças de comportamento nas pessoas quando na verdade nós é que deveríamos mudar o nosso rumo...”
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Pão e Oração
Há alguns anos estive encarregada de administrar uma casa de alimentos naturais, onde se elaboravam massa, principalmente pães.
Quem fazia era especialista na matéria, e seu trabalho atraía toda a vizinhança. Certo dia teve de viajar de repente, e ficamos sem ninguém que o substituísse. Diante da situação, só me restou a alternativa de assumir eu mesma essa responsabilidade, sem nunca ter feito pão antes. Pus as mãos na massa e entreguei os resultados a Deus. Acaso não tinha sido ele que me trouxera o desafio?
Sempre que amassava pão sentia como se os ingredientes, aparentemente inertes, fossem tomando forma, mudando de textura, sutilizando-se, criando vida. Quanto mais amassava, mais aquilo se transformava, e o milagre se renovava todos os dias. Comecei então a orar enquanto amassava. Pouco a pouco senti que, através do que sucedia e que era inexplicável para mim, eu me comunicava com o mundo por outras vias ocultas, interiores. Era como que escrever cartas de amor a desconhecidos, àqueles que comeriam o pão.
Grande foi a minha surpresa quando percebi que a clientela havia mudado completamente. Já não eram apenas os vizinhos que vinham, mas gente dos mais diversos pontos da cidade, só para levar o pão.
Um dia pus-me a conversar com uma senhora que todos os dias vinha de muito longe. Eu a vi cansada e lhe ofereci chá. Enquanto tomava, contou-me que tinha uma filha de 15 anos com câncer terminal; a moça não ingeria quase nada, e a única coisa que pedia era “aquele pão”. Foi quando entendi que no pão realmente se imprimiam energias luminosas, que ajudavam a quem estivesse receptivo.
Fui tomada de profunda gratidão ao dar-me conta, ainda que parcialmente, do alcance da oração. E agradeci ao Único por bem dizer com seu amor aquele humilde trabalho.
Não só ao elaborar alimentos, mas em todos os atos temos oportunidade de prestar serviço do mais íntimo do nosso ser sem esperar retribuição, de prestar um serviço só pelo Bem.
Teodora, Figueira
* Extraído do Boletim de Sinais nº 10, de Figueira 2001, da IRDIN EDITORA LTDA.
Quem fazia era especialista na matéria, e seu trabalho atraía toda a vizinhança. Certo dia teve de viajar de repente, e ficamos sem ninguém que o substituísse. Diante da situação, só me restou a alternativa de assumir eu mesma essa responsabilidade, sem nunca ter feito pão antes. Pus as mãos na massa e entreguei os resultados a Deus. Acaso não tinha sido ele que me trouxera o desafio?
Sempre que amassava pão sentia como se os ingredientes, aparentemente inertes, fossem tomando forma, mudando de textura, sutilizando-se, criando vida. Quanto mais amassava, mais aquilo se transformava, e o milagre se renovava todos os dias. Comecei então a orar enquanto amassava. Pouco a pouco senti que, através do que sucedia e que era inexplicável para mim, eu me comunicava com o mundo por outras vias ocultas, interiores. Era como que escrever cartas de amor a desconhecidos, àqueles que comeriam o pão.
Grande foi a minha surpresa quando percebi que a clientela havia mudado completamente. Já não eram apenas os vizinhos que vinham, mas gente dos mais diversos pontos da cidade, só para levar o pão.
Um dia pus-me a conversar com uma senhora que todos os dias vinha de muito longe. Eu a vi cansada e lhe ofereci chá. Enquanto tomava, contou-me que tinha uma filha de 15 anos com câncer terminal; a moça não ingeria quase nada, e a única coisa que pedia era “aquele pão”. Foi quando entendi que no pão realmente se imprimiam energias luminosas, que ajudavam a quem estivesse receptivo.
Fui tomada de profunda gratidão ao dar-me conta, ainda que parcialmente, do alcance da oração. E agradeci ao Único por bem dizer com seu amor aquele humilde trabalho.
Não só ao elaborar alimentos, mas em todos os atos temos oportunidade de prestar serviço do mais íntimo do nosso ser sem esperar retribuição, de prestar um serviço só pelo Bem.
Teodora, Figueira
* Extraído do Boletim de Sinais nº 10, de Figueira 2001, da IRDIN EDITORA LTDA.
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O Alimento em Figueira
O alimento não se restringe às suas partículas materiais. É a energia imaterial, presente em todas as coisas, que na verdade nutre e sustenta. Se é preparado com espírito de oferta, torna-se veículo de harmonização e cura dos que o ingerem. A atitude desprovida de interesses egoístas faz com que se processe uma química sutil, pela qual o alimento adquire propriedades especiais e inusitadas.
Em Figueira, temos isso presente. Procuramos, também, usar produtos que aumentam a força vital, a saúde física e mental. Esses são suculentos, suavizantes, frescos e agradáveis, segundo o Bhagavad Gîta. Evitamos alimentos amargos, azedos, salgados, apimentados, pungentes, ácidos, e picantes, segundo essa mesma orientação. E não usamos produtos animais, a não ser mel.
Mas, sobretudo, em Figueira cultivamos gratidão profunda por todas as coisas que o universo nos oferece. Procuramos fazer jus às dádivas que temos recebido dos colaboradores e do trabalho com a terra e o reino vegetal.
Na atual civilização, restrita às leis materiais, e em que prevalece a desigualdade, muitos têm menos que o básico para uma vida digna; porém, sabemos que nos níveis sutis cada ser recebe o alimento conforme precisa. Há quem tenha consciência dessa realidade e facilite a sua expressão no mundo concreto.
A conexão da consciência com os mundos internos abre possibilidades indescritíveis de manifestação, que na vida material podem refletir-se como suprimento de tudo o que é realmente necessário. À medida que se une com os mundos espirituais, o ser vai obtendo conhecimento de certa energia e vai passando da escassez à copiosidade também no plano físico. Essa abundância --- que não é excesso, mas sim o justo para a realização do elevado propósito da existência ---é alcançada pela entrega abnegada de si ao próprio eu superior e pelo cumprimento do serviço conforme o Plano Evolutivo.
Assim procuramos viver em Figueira, e temos tido, em nossa experiência, algumas demonstrações da realidade dessa lei espiritual.
* Extraído do Boletim de Sinais nº 14, de Figueira 2002, da IRDIN EDITORA LTDA.
Em Figueira, temos isso presente. Procuramos, também, usar produtos que aumentam a força vital, a saúde física e mental. Esses são suculentos, suavizantes, frescos e agradáveis, segundo o Bhagavad Gîta. Evitamos alimentos amargos, azedos, salgados, apimentados, pungentes, ácidos, e picantes, segundo essa mesma orientação. E não usamos produtos animais, a não ser mel.
Mas, sobretudo, em Figueira cultivamos gratidão profunda por todas as coisas que o universo nos oferece. Procuramos fazer jus às dádivas que temos recebido dos colaboradores e do trabalho com a terra e o reino vegetal.
Na atual civilização, restrita às leis materiais, e em que prevalece a desigualdade, muitos têm menos que o básico para uma vida digna; porém, sabemos que nos níveis sutis cada ser recebe o alimento conforme precisa. Há quem tenha consciência dessa realidade e facilite a sua expressão no mundo concreto.
A conexão da consciência com os mundos internos abre possibilidades indescritíveis de manifestação, que na vida material podem refletir-se como suprimento de tudo o que é realmente necessário. À medida que se une com os mundos espirituais, o ser vai obtendo conhecimento de certa energia e vai passando da escassez à copiosidade também no plano físico. Essa abundância --- que não é excesso, mas sim o justo para a realização do elevado propósito da existência ---é alcançada pela entrega abnegada de si ao próprio eu superior e pelo cumprimento do serviço conforme o Plano Evolutivo.
Assim procuramos viver em Figueira, e temos tido, em nossa experiência, algumas demonstrações da realidade dessa lei espiritual.
* Extraído do Boletim de Sinais nº 14, de Figueira 2002, da IRDIN EDITORA LTDA.
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domingo, 2 de novembro de 2008
O fim do éden na selva de pedra
*Publicado no Jornal "Diário da Manhã", em 31.10.08
O Jóquei Clube de Goiás tem enfrentado, nos últimos anos, uma crise oriunda da não adequação do clube às mudanças sociais do mundo pós-moderno.
Sabe-se que os clubes recreativos, tradicionais pontos de encontro da juventude e das famílias, em Goiânia, têm o número de freqüentadores em ritmo decrescente em função de vários fatores, entre os quais, a proliferação dos prédios e condomínios residenciais com área recreativa e esportiva privadas.
Enquanto isso e em meio à crise da água, o modo de vida que exercemos atualmente, nos leva ao individualismo, ao sedentarismo, ao consumismo e à virtualidade, que diariamente se traduzem na banalização da vida e das relações. A desumanidade e a falta de tempo grassam em nossos dias, acuando e limitando nossas vidas.
Neste tempo, em que a cidade de Goiânia está em processo de revitalização do seu centro histórico, o Jóquei Clube, localizado na área central desta cidade há quase setenta anos, pode contribuir sobremaneira com a cidadania, se passar a se comprometer enquanto função social, em ser um “poro oxigenador” da cidade, já que pode influir diretamente na qualidade de vida ao atuar no cotidiano de pessoas que buscam, no clube, preencher lacunas, quer sejam no campo do corpo físico, da parte emocional, da intelectualidade ou da sociabilidade apenas, oferecendo um espaço de alimentação, lazer, compras, entretenimento, convivência, informação, cultura e esportes.
Historicamente administrado e freqüentado por famílias tradicionalmente relacionadas à construção e à vida da cidade de Goiânia e do Estado de Goiás, o Jóquei Clube possui ainda hoje em seu quadro de associados, figuras reconhecidas e bem sucedidas em diversos campos de atuação em nossa cidade.
Não é difícil de se perceber o potencial que este clube possui, enquanto possível instrumento de requalificação da vida, enquanto contraproposta ao sistema atual de lazer e convivência.
Apoiada pelo Sr. Joaquim Naves, construí um projeto para atuação no campo das ações sociais deste clube, visando a ressocialização de joqueanos (as), através de um programa de ação social paralelo às atividades e à rotina atual do clube.
É um projeto interdisciplinar que visa resultados a médio e longo prazo e contribui com a difusão de uma cultura de vida fundamentada na máxima “mente sã, corpo são”, legitimando assim a função social do clube, que não teria razão de ser se não fosse o próprio associado.
O projeto sugere como primeira ação, após uma festa de lançamento com músicas de todos os tempos, uma pesquisa participativa, com sócios e funcionários do clube, visando conhecer melhor suas opiniões e disposições, realizada na área do clube, através de abordagens e de questionários avulsos, com temáticas voltadas para questões administrativas do clube e para questões em geral.
Seu principal programa é o de formação de grupos para a efetivação dos seguintes clubes: de Mães, de Jovens, para Maiores de 30, da Melhor Idade e do Vídeo, inicialmente. Os clubes teriam reuniões semanais, com horário entre 19h e 21h e atividades extras programadas com pessoas dos diversos clubes, como viagens, palestras, exposições, feiras temáticas, seminários, coral de vozes, campanhas (do livro, de coleta seletiva, de alimentos por ex.), gincanas filantrópicas, bazares, passeios, visitas enfim, eventos que possibilitem e que estimulem a convivência entre diversos, na vida cotidiana. Sem segmentarismo.
Nestas reuniões, seriam trabalhados temas e oficinas do interesse de cada grupo, propiciando a troca de experiências e conhecimentos, e também o desvelar de anseios e possibilidades, com temas voltados para o amor, a filosofia, a saúde e a conjuntura atual (meio ambiente, economia, política, sociedade), associando pessoas que, agrupadas sob um mesmo teto, identificam objetivos, sonhos, problemas e soluções comuns.
No projeto há previsão de espaços como uma revistaria/café-net com jornais, revistas, cafés, doces, refeições rápidas e saudáveis, além da rede de internet. Espaço também para loja de conveniência, banco 24 horas, biblioteca, salão de beleza e até pequena área de camping.
Segundo o projeto, o restaurante, inclusive aos finais de semana, deveria oferecer refeições típicas goianas e refeições alternativas e também, dever-se-ia incentivar o uso da sauna feminina, inclusive divulgando observações médicas sobre para quê serve, quando e como usar.
O projeto prevê parcerias com hotéis, Prefeitura de Goiânia, escolas, além de intercâmbio com outros Jóqueis Clube em todo o Brasil.
Infelizmente, de um momento para o outro me deparei com a devastação do que restava do bosque e tenho ainda, que conviver com aquele espaço explorado, dilapidado e abandonado, retratando a cara da nossa consciência ambiental, histórica e social.
O Jóquei Clube de Goiás tem enfrentado, nos últimos anos, uma crise oriunda da não adequação do clube às mudanças sociais do mundo pós-moderno.
Sabe-se que os clubes recreativos, tradicionais pontos de encontro da juventude e das famílias, em Goiânia, têm o número de freqüentadores em ritmo decrescente em função de vários fatores, entre os quais, a proliferação dos prédios e condomínios residenciais com área recreativa e esportiva privadas.
Enquanto isso e em meio à crise da água, o modo de vida que exercemos atualmente, nos leva ao individualismo, ao sedentarismo, ao consumismo e à virtualidade, que diariamente se traduzem na banalização da vida e das relações. A desumanidade e a falta de tempo grassam em nossos dias, acuando e limitando nossas vidas.
Neste tempo, em que a cidade de Goiânia está em processo de revitalização do seu centro histórico, o Jóquei Clube, localizado na área central desta cidade há quase setenta anos, pode contribuir sobremaneira com a cidadania, se passar a se comprometer enquanto função social, em ser um “poro oxigenador” da cidade, já que pode influir diretamente na qualidade de vida ao atuar no cotidiano de pessoas que buscam, no clube, preencher lacunas, quer sejam no campo do corpo físico, da parte emocional, da intelectualidade ou da sociabilidade apenas, oferecendo um espaço de alimentação, lazer, compras, entretenimento, convivência, informação, cultura e esportes.
Historicamente administrado e freqüentado por famílias tradicionalmente relacionadas à construção e à vida da cidade de Goiânia e do Estado de Goiás, o Jóquei Clube possui ainda hoje em seu quadro de associados, figuras reconhecidas e bem sucedidas em diversos campos de atuação em nossa cidade.
Não é difícil de se perceber o potencial que este clube possui, enquanto possível instrumento de requalificação da vida, enquanto contraproposta ao sistema atual de lazer e convivência.
Apoiada pelo Sr. Joaquim Naves, construí um projeto para atuação no campo das ações sociais deste clube, visando a ressocialização de joqueanos (as), através de um programa de ação social paralelo às atividades e à rotina atual do clube.
É um projeto interdisciplinar que visa resultados a médio e longo prazo e contribui com a difusão de uma cultura de vida fundamentada na máxima “mente sã, corpo são”, legitimando assim a função social do clube, que não teria razão de ser se não fosse o próprio associado.
O projeto sugere como primeira ação, após uma festa de lançamento com músicas de todos os tempos, uma pesquisa participativa, com sócios e funcionários do clube, visando conhecer melhor suas opiniões e disposições, realizada na área do clube, através de abordagens e de questionários avulsos, com temáticas voltadas para questões administrativas do clube e para questões em geral.
Seu principal programa é o de formação de grupos para a efetivação dos seguintes clubes: de Mães, de Jovens, para Maiores de 30, da Melhor Idade e do Vídeo, inicialmente. Os clubes teriam reuniões semanais, com horário entre 19h e 21h e atividades extras programadas com pessoas dos diversos clubes, como viagens, palestras, exposições, feiras temáticas, seminários, coral de vozes, campanhas (do livro, de coleta seletiva, de alimentos por ex.), gincanas filantrópicas, bazares, passeios, visitas enfim, eventos que possibilitem e que estimulem a convivência entre diversos, na vida cotidiana. Sem segmentarismo.
Nestas reuniões, seriam trabalhados temas e oficinas do interesse de cada grupo, propiciando a troca de experiências e conhecimentos, e também o desvelar de anseios e possibilidades, com temas voltados para o amor, a filosofia, a saúde e a conjuntura atual (meio ambiente, economia, política, sociedade), associando pessoas que, agrupadas sob um mesmo teto, identificam objetivos, sonhos, problemas e soluções comuns.
No projeto há previsão de espaços como uma revistaria/café-net com jornais, revistas, cafés, doces, refeições rápidas e saudáveis, além da rede de internet. Espaço também para loja de conveniência, banco 24 horas, biblioteca, salão de beleza e até pequena área de camping.
Segundo o projeto, o restaurante, inclusive aos finais de semana, deveria oferecer refeições típicas goianas e refeições alternativas e também, dever-se-ia incentivar o uso da sauna feminina, inclusive divulgando observações médicas sobre para quê serve, quando e como usar.
O projeto prevê parcerias com hotéis, Prefeitura de Goiânia, escolas, além de intercâmbio com outros Jóqueis Clube em todo o Brasil.
Infelizmente, de um momento para o outro me deparei com a devastação do que restava do bosque e tenho ainda, que conviver com aquele espaço explorado, dilapidado e abandonado, retratando a cara da nossa consciência ambiental, histórica e social.
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