sábado, 11 de setembro de 2010

Assistência Social em Goiânia

* Publicado no jornal Diário da Manhã em 05/09/10, em Opinião do Leitor, após a republicação do artigo "Assistência Social em Goiânia cresceu 200%", em 04/09/10

Não se pode dizer que a Assistência Social "cresceu 200%" pelo fato de ter ampliado o número de atendimento. Ora, se a Assistência Social, enquanto secretaria assumiu o trabalho que era feito pela Cidadão 2000, isto não é crescimento. A vantagem da Assistência não pode estar em números, mas em qualidade. A qualidade do serviço caiu enormemente. O rumo está equivocado. O município não tem uma política de Assistência Social. Recursos retornam às fontes. Trabalhadores rechaçam o trabalho que fazem. Na PNAS, o SUAS preconiza a informação, o monitoramento e a avaliação da Assistência Social, mas nada disto é feito. Já foi cobrado pelo MDS a adequação dos espaços físicos onde funcionam os CRAS conforme prevêem as normativas federais e isto também ñ foi feito. Faltam recursos básicos para o trabalho, como os pedagógicos, administrativos, de comunicação, de transporte e alimentação para profissionais e usuários da política. É preciso ampliar a política de modo a alcançar usuários (as) em outros programas além dos atuais, com atividades mais dinâmicas e atrativas, que garantam eficiência ao serviço prestado. E que este serviço seja construído de forma descentralizada, democraticamente (entre usuários e trabalhadores), em relações horizontais, respeitosas, conforme determinam as leis e normas da Assistência Social.
É preciso principalmente que se reconheça que nem todos que avaliam e têm posicionamentos críticos diante da atual Assistência Social que se oferece no município de Goiânia, o fazem por ser oposição à esta gestão. Quem avisa, muitas vezes, é pessoa amiga, embora maltratada. E ademais, políticas públicas têm que ser avaliadas mesmo; e adequadas.

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