Há muito estamos vendo e ouvindo o discurso da necessária mudança no modelo/sistema educacional brasileiro.
Retórica eleitoreira a parte, não é preciso ir muito longe para se apontar como primeiro passo para tal feito, a valorização desta Educação e em seu bojo elencar-se melhores condições de trabalho, o que significa profissionais bem pagos trabalhando com recursos pedagógicos e espaços físicos adequados.
Mas há de se considerar para além das câmaras que se pretendem instaladas pelas dependências escolares, dos crachás e dos uniformes, a vida, os sonhos, as limitações, os potenciais, a lida de cada componente deste sistema.
O espaço Escola há muito vem tendo seu papel questionado. Assim como as instituições Família, Estado e Igreja, é verdade.
Diversas são as considerações a se fazer aqui, lembrando que “Toda a educação varia sempre em função de uma concepção de vida, refletindo, em cada época, a filosofia predominante que é determinada, a seu turno, pela estrutura da sociedade.” (Manifesto dos Pioneiros, 1932)
Diversas as considerações, lembrando, por exemplo, que o país está sob a égide do Partido dos Trabalhadores ou o último discurso de FHC, que orienta o PSDB a focar seu trabalho político na classe média...
Entretanto, atenho-me aqui ao desejo de falar sobre um trabalho que já vislumbrei empreender, no molde do trabalho da Junior Achievement, a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios. Criada nos Estados Unidos, em 1919, é uma fundação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada.
Mas seria uma organização para educação teórico-prática em sociologia, filosofia e política.
Bem brasileira, democrática, mista, com direção tripartite e avaliações contínuas. Que desenvolvesse ações coletivas tendo como mote os temas transversais da Educação, atuando através do desenvolvimento de grupos junto às escolas, famílias e comunidades.
Missão: Despertar o espírito coletivo na escola e desvelar uma visão clara da conjuntura, da estrutura e do desenho do futuro desejável.
Visão: Consolidar a cultura humanista formando uma geração com amplo conhecimento nas áreas social, política, ambiental, cultural e econômica.
Valores: Sensibilidade, Ética, Determinação, Perseverança, Ousadia.
Mais ou menos simples assim.
Já é tempo de a Educação ser compreendida enquanto sistema para o desenvolvimento humano, fonte de conhecimento, libertária, e não como mecanismo de inculcação, como retórica populista ou instrumento para formação de mão de obra ‘qualificada’...
Gosto deste meu artigo sobre Qual é a Educação, mesmo, imprescindível?
http://tinyurl.com/6kq6789
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