* Publicado no Jornal Diário da Manhã, em 06.06.08
Pelas páginas deste DM têm circulado proposições e idéias que carecem de urgente organização sistemática, mas, ou está tudo pronto para arrancarmos rumo à uma sociedade racionalmente, democraticamente planejada, ou utopia pode mesmo vir a ser algo irrealizável...
Políticos, parlamentares, homens importantes dos poderes executivo e judiciário, economistas, artistas, intelectuais e representantes de entidades de classe, têm declarado em artigos neste veículo de comunicação impressa, a disposição de se empenharem a favor de um “novo nível de debate” e convocado a sociedade goiana e goianiense para pensar nossas cidades, nosso Estado, nosso país.
Redefinir o futuro através de um planejamento articulado entre os agentes sociais e de mercado em Goiás é a proposta, e requer uma visão estratégica no processo, que, se realmente democrático, engaja todas as partes e garante maior qualidade de vida, com desenvolvimento humano e expansão econômica sustentável.
Renovar o otimismo social é vital. Não com exercícios retóricos ou movimentos panfletários, cheios de palavras de ordem, mas sem práxis nem nexos. É preciso participação efetiva de toda sociedade, de um modo ou de outro, sem vanguardismo.
A construção da utopia é agora; é fazer, não puro desfrute. Seminários, debates, oficinas, objetivos, missões, projetos e planejamentos comuns, que valorizem nosso patrimônio histórico, ambiental e cultural, que incentivem o empreendedorismo, que desenvolvam pesquisas sócio-econômicas e que reconstruam a política de tributos e regulamentos, já!
Por ser a capital do Estado, Goiânia possui um papel preponderante em seu desenvolvimento. É metrópole que tem “espremido” as pessoas entre frenesis, cristalizações e sandices, como todas. Mas se constitui de um povo afável, comunicativo e trabalhador. É uma cidade conhecida pela qualidade de vida, por sua excelente arborização e ajardinamento, com clima favorável e uma rede de comércio varejista e de serviços que é referência na região centro-oeste. Possui grande número de instituições de nível superior, é especializada em diversos atendimentos da área da saúde. Contém uma malha viária relativamente boa, aeroporto e moderno sistema de telecomunicações. Dispõe de equipamentos de lazer e entretenimento considerável, com centros culturais, centro de convenções, diversos parques, bosques, praças, um grande estádio de futebol, shoppings centers, inúmeros bares, boates, cinemas, teatros, restaurantes, clubes aquáticos, autódromo internacional.
É este o momento de criar-se um amplo movimento, que reúna forças sociais, políticas, científicas e econômicas para a construção do futuro em nossa cidade, seja incrementando, facilitando ou atraindo indústrias e empresas de serviços diversos, de turismo, de alimentação, móveis, vestuário, artesanato etc.
Uma gama imensa de investimentos pode ser construída em nome de um futuro melhor. Enfrentamos em Goiânia, os problemas urbanos comuns das grandes cidades brasileiras; o desemprego, a violência e a degradação ambiental impõem a necessidade do aumento da oferta de trabalho e a melhoria da infra-estrutura urbana.
Precisamos elaborar um diagnóstico preciso e consistente, que indique rumos para o desenvolvimento sustentável, levando em conta não só a capital do estado de Goiás, como também os municípios do interior e ainda, toda a região centro-oeste, considerando as vocações regionais e o capital humano presente. Isto possibilitará uma expansão econômica segura, com indicadores sócio-econômicos positivos.
Podemos reconstruir o mercado. Pensar juntos sobre consumo, produto e produção, quais os recursos, as limitações, os impactos. Não podemos mais deixar que o curso econômico siga simplesmente uma dinâmica natural, correndo o risco de intempéries causadas pela ordem econômica mundial, como se não tivéssemos características próprias, com facilitadores e entraves, aptidões e necessidades.
Através deste jornal, vê-se que tem muita gente boa lutando, sugerindo e buscando uma melhor qualidade de vida. Não só para si. É preciso juntar essas pessoas, quem sabe em um grande encontro de arrancada, para um planejamento estratégico que reúna articulistas, colaboradores e trabalhadores do DM, interessados na construção coletiva de uma sociedade justa e fraterna, com uma vida plena e verdadeiramente cidadã.
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