domingo, 9 de agosto de 2009

Tia é bom demais

* Publicado no jornal "Diário da Manhã" em 02.08.09

Tantas tias, boas tias, belas tias, todas têm um sentido interessante, profundo, marcante na vida da gente.
Já há muito tempo, pedi que se criasse o Dia das Tias. Ainda não consegui, nem sei por quê... Bufês, bomboniéres, cafés, floriculturas e revistarias teriam trabalho extra, sem dúvidas. Praças, ruas de casas de vós, clubes, restaurantes, bares idem.
Tias são muito importantes. Uma – assistente social, levou-me para ser recreadora na unidade da Vila Redenção, o que foi meu primeiro emprego púbico, com pouco mais de 15 anos, na gestão do então prefeito, Índio do Brasil Artiaga. Há uns oito anos, trabalhei lá novamente e agora estou novamente por perto, onde antes era a FUMDEC.
Tenho uma, também incrível em sua fé, em seu inabalável compromisso com a vida cristã... E ela é de uma alegria e de uma disposição para a vida, que contagia e que encanta como seu lar e tudo q nele há.
Tias lembram a mãe da gente, o pai da gente, a avó da gente, primos e primas da gente. E quase sempre nos dão os tios, também, possivelmente queridos.
Mas as tias, as minhas, têm prendas, têm dons, cada uma se assemelha um pouco com o que vi de minhas avós, em uma ou outra coisa.
Tenho uma, escritora, pinta e borda. Viaja prá cá e prá lá. Mais sistemática e não menos alegre. Apresentou-me (à minha mãe) o Rosa Cruz, a trilogia das três cabalas, do rabino Nilton Bonder. Que ritmo de vida interessantíssimo, que pedaço de família querida, também, nos dá esta tia. Em seus contos, seus encantos, seus mistérios, seus refrigérios.
Um Dia das Tias, valeria para as empresas telefônicas, de transportes.
Faria gente sorrir, chorar de alegria. De tristeza também, saudade, quem sabe.
Tenho uma tia que, nossa, é tia e madrinha e buscava em minha casa as roupas de meu bebê, prá lavar em casa e trazer passada, fraldas de pano, e ele, doente, mas sem descobrir de que infecção intestinal, não se zangou de zelo de minha mãe, avó, de sogra, de mim e das tias.
Tenho tia que preciso visitar, tia q fazia bolo confeitado, de chocolate, rosquinha, carne de porco, couve fininha. Ah, tenho tia, do tempo de minhas avozinhas.
Tenho as festas das tias, a Festa de Santo Antônio, de São João e do Divino.
De aniversário, bom demais, a primaiada.
Não sou tia ideal, mas meus filhos têm muito boas tias, queridas.
Ás minhas, sempre amigas, obrigada.
Tenho um amigo que sai de São Paulo pro interior de Goiás e vai ver suas tias... Uma minha, querida, faleceu prá lá outro dia e eu fui vê-la bem antes, viva.
Viva às tias em almoços, passeios, emails, telegramas. Nossa ainda existe telegrama. Jantares, lanches, piqueniques, sorveterias.
Viva às tias.
Penso sempre em porque se tem prá tudo um dia e nenhum dia é Dia das Tias.

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