*Artigo publicado no jornal "Diário da Manhã", em 01.09.11
Estive na IX Conferência de Assistência Social de Goiânia e gostei do que vi e revivi. O evento aconteceu no auditório Lago Azul do Centro de Convenções. Eu fui a 105ª inscrição como ouvinte, pois não me inscrevi antecipadamente, via internet. Pudera, ninguém avisou que precisava. A profª. Cida Skorupski disse-me que as inscrições se encerraram rapidamente, no dia anterior, via site. Somente fora divulgado por site.
Eu não entendi a relação entre o número de inscritos/presentes e o aluguel de um auditório para 600 pessoas, pois o mesmo não estava cheio.
Eu estava muito animada com esta conferência, pois seria um momento ímpar para estar com tantas pessoas queridas, em “minha aldeia”, cuidando do “meu Rio Tejo”. E uma conferencista, Eutália Barbosa, do MDS, fora minha contemporânea na universidade – seria ótimo revê-la.
Confesso que em meio às festanças dos encontros do lado de fora do auditório (embora eu estivesse ali primando pela discrição em virtude de minha defenestração da SEMAS, no início deste ano), brinquei com umas colegas que portavam um banner que deflagrava a luta por condições de trabalho e valorização dos servidores (implantação do PCCS) na SEMAS, dizendo que se era protesto, então eu ficaria próxima da faixa.
Foi lindo, ao adentrar o recinto, visualizar a colegada e acima, à mesa de autoridades, a Eutália, o prefeito, a secretária, a profª. Cida Skorupski. Logo começou a tocar o Hino Nacional e eu permaneci de pé, ao fundo do auditório.
Ao perceber um burburinho à minha direita, vi que as colegas do banner não sabiam o que fazer, para onde ir, onde ficar. Então eu lhes falei que tinham que subir e que eu as levaria e uma olhou para outra e elas vieram me seguindo, ao som do Hino Nacional, rumo à mesa de autoridades, ao palco – banner aberto, todos olhando. Ao chegarmos à frente, indiquei-lhes a escada, elas subiram, abriram o banner para o auditório e eu me coloquei abaixo, em posição para acompanhar o Hino Nacional, ali na frente, pertinho das autoridades. Inenarrável emoção.
Pela primeira vez não evitei conversar em meio a uma conferência. E abracei, recebi e joguei beijinhos; sai do auditório com alguns colegas e de fora, vários foram os grupinhos que se fizeram, de bate-papo comigo. Foi gratificante. E por mais que eu esperasse a acolhida que tive, foi surpreendente e encantador sentir a certeza de que muita coisa passa, mas o essencial fica.
Devido não ter direito a voz, não fiquei para a Conferência, apenas ouvi a abertura. Tive a sensação de que a assistência de Goiânia continua combativa e resistente. Nos bastidores enfrentamentos cotidianos acontecem, paulatinos.
Um dia antes da Conferência o prefeito Paulo Garcia recebeu uma comissão de trabalhadores da SEMAS, junto à secretária, no Paço.
Em seu discurso na Conferência, Paulo Garcia estava visivelmente preparado, de acordo com a pauta da assistência. Ele se comprometeu com o plano de cargos e salários da SEMAS e com o SUAS. Tanto, que chamou a atenção da conferencista do MDS, que me afirmou ter se impressionado com o grau de instrução no discurso do prefeito e seu compromisso público, com o SUAS.
Tive a oportunidade de externar à secretária, meu desejo de sucesso à Assistência Social de Goiânia.
Sobre a Conferência em si, falo no próximo artigo.
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