sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Primavera

Hoje não sei meus sentidos
Me embaçam os ouvidos
Em um visual esquisito
E me impregno de dor
Repugno
Vomito as mesmices
Dos sonhos perdidos
E me embala uma flor
Que não vejo nesta mesa
Que não brota nesta porta
Que não exala nesta sala
Mas que paira
E para em minha mente
Demente.
E mariposas sobrevoam
As luzes neste teto
Insetos
Incerta, adormeço atônita
Meus sentidos
Não querendo sabê-los,
Me perco em zunidos
Pelas ruas de copas
E ventos floridos
Onde ando percorrendo.

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