sábado, 8 de novembro de 2008

O Alimento em Figueira

O alimento não se restringe às suas partículas materiais. É a energia imaterial, presente em todas as coisas, que na verdade nutre e sustenta. Se é preparado com espírito de oferta, torna-se veículo de harmonização e cura dos que o ingerem. A atitude desprovida de interesses egoístas faz com que se processe uma química sutil, pela qual o alimento adquire propriedades especiais e inusitadas.
Em Figueira, temos isso presente. Procuramos, também, usar produtos que aumentam a força vital, a saúde física e mental. Esses são suculentos, suavizantes, frescos e agradáveis, segundo o Bhagavad Gîta. Evitamos alimentos amargos, azedos, salgados, apimentados, pungentes, ácidos, e picantes, segundo essa mesma orientação. E não usamos produtos animais, a não ser mel.
Mas, sobretudo, em Figueira cultivamos gratidão profunda por todas as coisas que o universo nos oferece. Procuramos fazer jus às dádivas que temos recebido dos colaboradores e do trabalho com a terra e o reino vegetal.
Na atual civilização, restrita às leis materiais, e em que prevalece a desigualdade, muitos têm menos que o básico para uma vida digna; porém, sabemos que nos níveis sutis cada ser recebe o alimento conforme precisa. Há quem tenha consciência dessa realidade e facilite a sua expressão no mundo concreto.
A conexão da consciência com os mundos internos abre possibilidades indescritíveis de manifestação, que na vida material podem refletir-se como suprimento de tudo o que é realmente necessário. À medida que se une com os mundos espirituais, o ser vai obtendo conhecimento de certa energia e vai passando da escassez à copiosidade também no plano físico. Essa abundância --- que não é excesso, mas sim o justo para a realização do elevado propósito da existência ---é alcançada pela entrega abnegada de si ao próprio eu superior e pelo cumprimento do serviço conforme o Plano Evolutivo.
Assim procuramos viver em Figueira, e temos tido, em nossa experiência, algumas demonstrações da realidade dessa lei espiritual.

* Extraído do Boletim de Sinais nº 14, de Figueira 2002, da IRDIN EDITORA LTDA.

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